Aparentemente, independência e cruz são palavras e situações antagônicas. Porém, são intrínsecas entre si. A palavra independência certamente nos lembra de liberdade, não depender de alguém ou de outras circunstâncias. Em nosso país, ela nos lembra a desvinculação de Portugal, deixamos de ser Colônia para nos tornarmos país independente. A declaração foi dita no chamado Grito do Ipiranga, por D. Pedro I, às margens do riacho com esse nome, na cidade de São Paulo. Assim, o dia sete de setembro lembra essa data comemorativa, mas a liberdade em si foi construída ao longo do tempo, no dia a dia. É preciso libertar a mente, os hábitos, as dúvidas, as incertezas e amadurecer um projeto que visa a estabelecer uma nação, com propósitos e identidade estruturada. É uma construção continua e geracional, para vencer todas as dificuldades, a transição da condição de colonizado para a de uma nação livre. Assim, entendemos que a nossa independência como nação é mais que um grito, é uma construção a longo prazo, sempre com esperança no amanhã.
No que se refere à cruz, é a marca de uma libertação, espiritual: os pecados foram perdoados por meio da morte e ressureição do Senhor Jesus Cristo. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 6:23. “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça.” (Efésios 1:7).
A nossa independência espiritual também passou por um grito específico dado por Jesus na Cruz “tendo-o provado, Jesus disse: Está consumado! Com isso curvou a cabeça, e entregou o espirito”(João 19:30). É um olhar para o passado no Gólgota, onde foi realizada, na hora, a libertação e o perdão dos pecados pelo sangue derramado na cruz.
Dois gritos mudaram a história: um constituiu uma nação, o outro resgatou toda a humanidade, independentemente da nação, para serem cidadãos do Reino Celestial. Um Reino onde a justiça, o amor, a fé, a compaixão são base para uma vivência diária.
O nosso grito ou clamor é independência e cruz, livres e mortos para o pecado e vivos para Deus.
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