A BELEZA DA CRIAÇÃO

Ao olharmos para o livro de Gênesis, em seus primeiros capítulos, podemos observar toda a sistemática da criação, a capacidade criativa de Deus em fazer tudo corretamente e a maneira como usou a palavra para dar sentido a tudo. Ele se revela como um ser infinito, eterno, autoexistente e a Causa Primária de todo o existente. Ao olharmos para o cosmo em sua totalidade, desde a expansão do universo até a beleza e a ordem da natureza, ficamos tomados de temor reverente diante da majestade do Senhor Deus, nosso Criador.

Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra a Ele devidas. Todos os elementos da natureza – o Sol e a Lua, as árvores da floresta, a chuva, a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves – rendem louvores ao Deus que os criou. Quanto mais é o desejo do Pai em receber a glória e louvor de seus filhos. Ao criar o homem, Ele o fez para ser trino e uno: corpo, alma e espírito, que possui mente, emoção e vontade, para comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, para adorá-lo, para servi-lo com fé, lealdade e gratidão.

A partir da queda do ontem, Ele providenciou a vinda de seu Filho Jesus, para perdoar e resgatar o que Ele havia criado.

Dessa forma, temos uma responsabilidade de cuidar da natureza, pois é um presente, um jardim, oferecido a nós como nosso habitat pelo Soberano. Esse cuidado é parte inerente de nossa formação, pois, criados à Sua imagem e semelhança, também temos a criatividade para desenvolver esse planeta. Assim como Abraão, que plantou uma floresta “E plantou um bosque em Berseba e invocou lá o nome do Senhor. Deus eterno” (Gn 21:33), devemos ter um cuidado especial com a natureza. Poderíamos dizer que Abraão foi o primeiro ecologista: pensou nas gerações futuras, ao plantar essa floresta, pois não desfrutaria dela em seus dias.

Como cristãos, temos que ter esta consciência: preservar o que foi criado por Deus. A culminação do propósito de Deus na criação está no livro de Apocalipse, no qual João descreve o fim da história com estas palavras: “…com eles habitará e eles serão seu povo e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap. 21:3). Deus não é um supervisor indiferente de um processo evolutivo, pelo contrário, é o Criador ativo de todas as coisas.