Um dos desafios que temos, como discípulos, seguidores do Rabi de Nazaré, o Senhor Jesus, é observar os detalhes, que têm sempre um significado profundo, para entendermos a Vontade Soberana de Deus. A cultura oriental sempre valorizou os pequenos detalhes, como a meditação, a observação, o trabalho do micro para o macro. Já, nós, ocidentais, pelo contrário, passamos por cima dos detalhes, não temos paciência para meditar, queremos atingir o macro, sem valorizar o micro. Assim, à medida que entendemos isso, vamos mudando nossa mente, buscando observar nos detalhes a revelação da boa, perfeita e agradável vontade do Pai Celestial.
A preparação e a realização da Páscoa, que marcaria a libertação do povo israelita da escravidão no Egito, tem detalhes. Primeiro: ficaram pelo menos quatrocentos anos nas terras egípcias, porém, nem todos os anos foram escravos. Segundo: somente depois de uma mudança na dinastia dos Faraós é que um rei, que não conhecia a história de José do Egito, conquistou o trono e assumiu como Faraó. Muito tempo passou exatamente para que a história de José fosse apagada. Terceiro: o povo hebreu continuou a crescer: de um homem, José, temos sua família, a qual veio no tempo da fome morar ao seu lado, setenta pessoas, saindo com seiscentos mil homens, o que, somando com mulheres e crianças, deveria ser perto de dois milhões de pessoas. Quarto: a última praga, que resultou na libertação, foi a morte de todo primogênito. Contudo, nas casas onde havia sangue de cordeiro aspergido, isso não aconteceria.
Geralmente pensamos que esse sinal foi para Deus saber, mas olhemos o detalhe: “Disse o Senhor a Moisés… Eu Sou o Senhor. O sangue vos será por sinal, nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.” (Êxodo 12:13). Apesar de o Senhor passar e ver o sangue, este foi colocado por sinal para o povo e para nós. Logo a seguir, Deus disse: “Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade, ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo!’ (Êxodo 12:14).
Assim, a celebração da Páscoa é de geração em geração. Para nós, cristãos, representa a morte e a ressurreição, pois Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, como disse João Batista ao ver Jesus se aproximando para o batismo.
Jesus Cristo foi crucificado e morto no que chamamos de Sexta-feira da Paixão. Contudo, Ele ressuscitou no terceiro dia, no domingo de Páscoa. A nossa Páscoa é a da vida eterna, conquistada pela ressurreição do Senhor, que deixou um túmulo vazio. Observemos sempre os detalhes.
Ele vive!
Ressuscitou!
Festejemos a Páscoa!
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