APRENDENDO A SIMPLICIDADE

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As mudanças que vêm ocorrendo ao longo desses muitos anos são cada vez mais aceleradas. A igreja também tem passado por isso: encontramos busca por eventos, popularidade da música gospel, campanhas em busca de uma solução rápida, como resposta de Deus… De repente, uma pandemia muda tudo, no mundo todo. Sem eventos, sem viagens, sem encontros, sem lojas, sem proximidade, distanciamento social, máscaras, álcool em gel, isolamento, algo invisível que mudou a rotina de toda a humanidade.

A cada dia, milhares de infectados, muitos morrendo, mas um número muito maior de curados. Uma vacina, entre as várias, é a solução para o momento.

Diante disso tudo que estamos vivendo, cabe o questionamento: o que temos aprendido com isso? Para mim, a simplicidade.

Num desses dias, quando estava no escritório da igreja, entrou um menino, que mora perto, pedindo para tomar água. Sempre quando vem, ele fala de pipa, papagaio ou maranhão para muitos. Ao tomar água, ele, com um copo plástico, deu água para seu cachorro, que o acompanha o tempo todo. Fiquei observando o menino com sua pipa indo embora e, atrás dele, o seu fiel cachorro acompanhando. O Espírito Santo me tocou, aprendemos a simplicidade, a fidelidade, o companheirismo, que deve ser a marca do cristão. Disse Jesus: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á, quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita o homem, ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo? Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos.” (Lucas 9:23-26).

É momento de vivermos a simplicidade da fé, a fidelidade de fazer e cumprir a vontade do Senhor e o companheirismo para ajudar uns aos outros para vencer, um dia de cada vez, esse momento que jamais pensamos ter de enfrentar. O resgate da simplicidade, em todos os sentidos, acompanhado da fidelidade aos princípios cristãos e do companheirismo a todos à nossa volta, é o caminho que devemos seguir, após e em meio a essa pandemia. Devemos viver cada momento debaixo da graça do Pai celestial. A oração, a leitura da Palavra de Deus, o louvor são as marcas desse novo viver, o que tem sentido desde a descida do Espírito Santo, marco do início da igreja. O Didaquê – o ensino – e o Kerigma – a evangelização – são as marcas do legado apostólico. Continuemos aprendendo as coisas mais simples, que nos levam a grandes vitórias. “Disse-lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 5:21).

Que o Senhor nos ajude a nunca abandonarmos a simplicidade, que dará a nós a fidelidade e o companheirismo do Senhor e daqueles à nossa volta.

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